
O parasita está se tornando maior que o hospedeiro
Em várias postagens dissemos que governos não geram riquezas, mas possuem MUITAS e MUITAS, despesas derivadas da folha de pagamento da máquina pública e das promessas, “direitos” e regalias que a casta de parasitas requer. Dito isso, veremos a seguir quais as quatro maneiras que o Estado possui para financiar o seu altíssimo custo:
1) Emitindo dívidas
Para bancar seus custos, uma das opções que o governo tem é emitir dívidas. De forma grosseira, o governo emite títulos de dívida pública através do Tesouro Direto e Instituições Financeiras para que indivíduos e instituições capitalizem a sua dívida em troca de juros.
Considera-se dívida pública todos os débitos na esfera federal, estadual e municipal. Dito isso, podemos observar no gráfico abaixo que em valores absolutos, a dívida pública aumenta a cada ano (e só tende a aumentar ainda mais), comprometendo o orçamento federal com rolagem de dívidas, juros e amortizações.

Fonte: Site do TCU
2) Cobrando impostos:
Como se não bastasse, o escravo povo brasileiro, que já possuía uma das maiores cargas tributarias do mundo, em 2024, provavelmente estará no Top 1. Recentemente, o governo optou por aumentar os impostos como uma medida para impulsionar a arrecadação. Contudo, paradoxalmente, essa estratégia resultou numa arrecadação menor. Isso pode ser compreendido através da Curva de Laffer, uma teoria econômica que sugere uma relação não linear entre a taxa de imposto e a receita fiscal.

A Curva de Laffer postula que, em determinado ponto, aumentar os impostos além de um limiar crítico pode resultar em uma diminuição na arrecadação total. Isso ocorre porque elevações excessivas nas taxas desincentivam a produção, investimentos e o consumo, levando a uma contração da atividade econômica. No contexto brasileiro, o recente aumento de impostos pressionou contribuintes e empresas a reduzirem suas atividades econômicas ou a buscarem estratégias para minimizar a tributação, impactando negativamente a arrecadação.

3) Expropriando bens:
4) Imprimindo moeda:
No post “o monopólio da moeda“, vimos que obrigando a população a usar as moedas de curso forçado, o governo consegue realizar o controle da emissão de moeda, manipulando o seu preço através da valorização ou desvalorização.
No Brasil, os efeitos da desvalorização da moeda são ainda mais fortes quando somados à inflação do Dólar Americano. Como a economia mundial ainda é atrelada ao US$, quando o Federal Reserve System (FED), o Banco Central americano, liga as suas impressoras, o mundo todo sente.

Fonte: https://fred.stlouisfed.org/series/M2SL

Fonte: https://pt.tradingeconomics.com/brazil/money-supply-m2
As imagens acima representam as oferta de dinheiro M2 ao longo do tempo (em Dólar e em Reais, respectivamente), uma medida abrangente da oferta monetária que inclui moeda em circulação, depósitos à vista, depósitos de poupança, depósitos a prazo e outros ativos de curto prazo. Quando os governos emitem novas moedas, ocorre um aumento na base monetária, fenômeno conhecido como “inflação”, que é o pior dos impostos. Contrariamente ao que muitas vezes é noticiado, é essencial destacar que o aumento dos preços é uma consequência da inflação (aumento da base monetária) e não sua causa.
Além disso, a emissão de novas moedas ocasiona um outro fenômeno econômico, denominado “Efeito Cantillon”, o qual se trata de uma assimetria na distribuição de riqueza resultante de mudanças na oferta de dinheiro. Durante a expansão da oferta monetária, os primeiros receptores (instituições financeiras, grandes corporações e os amigos do rei) tendem a se beneficiar mais, pois têm a oportunidade de gastar antes que os preços subam. À medida que o dinheiro se espalha, os custos aumentam para aqueles que não receberam o dinheiro inicial, resultando em impactos desiguais na distribuição de riqueza, resultando em mais desigualdade social.
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Como vimos, fica cada vez mais evidente que o carrapato está se tornando maior que o hospedeiro. Consultando os gráficos anteriores, percebemos que desde 2015 praticamente 2/3 de todos os reais e 1/2 de todo o dólar existentes no mundo foram impressos e injetados na economia. E a tendência é que isso continue. Isso quer dizer que o valor do seu dinheiro e do seu patrimônio só tende a cair, em valores reais.
As alternativas do Estado brasileiro estão esgotadas. Os “direitos sociais” são cada vez mais usados como estelionato eleitoral, através de promessas que já não poderão mais ser cumpridas. O funcionalismo público e a folha de pagamento estão cada vez mais aumentando. A carga tributária, apesar de aumentar, não está arrecadando o suficiente, aumentando as dividas e forçando mais impressão de dinheiro.
Isso abre dúvidas para vários questionamentos: vamos nos aposentar? Quando será o colapso? Onde vamos parar? Eu não tenho as respostas, mas o que eu tenho certeza é que a única solução que eu conheço é individual e está ao alcance de todos. Essa solução é vista como o único bem inconfiscável, não sujeito a tributação, sendo considerada a melhor reserva de valor que se pode ter, representando, também, a definição suprema de propriedade privada. Me refiro ao Bitcoin!
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